Tenho sido questionado por alguns amigos sobre o que penso do leilão do
Campo de Libra.
Na minha modesta opinião, o maior problema é que o governo não tem
recursos financeiros para iniciar a extração desse petróleo. Na verdade, além
da participação da Petrobrás, tem os impostos e os royalties, que totalizam
quase 75% do volume arrecadado com o petróleo; além do incremento na economia
com a geração de impostos e a criação de empregos neste esse período, isso em
investimentos diretos. Indiretamente, os impostos e Royalties também vão
incrementar a economia. A comparação feita com a Venezuela pelos grandes meios
de comunicação é injusta. Lá o petróleo está a flor da terra, não precisa de
grandes investimentos para extraí-los. Além da tecnologia que a Venezuela
domina. No Brasil, começamos a investir em pesquisa com o governo do PT,
portanto, faz pouco mais de dez anos que aprendemos onde procurar e como
extrair esse mineral. Antes, éramos totalmente dependentes da importação. O
Brasil precisa investir em refinarias, visto que grande parte das refinarias
existentes no País são multinacionais Americanas. Acho que esse é o próximo passo a ser dado.
Das empresas que ganharam o
Leilão, nenhuma é americana. 01 Holandesa, 01 Francesa, 02 Chinesas e a
Petrobrás, abrindo novos mercados e interrompendo a dependência que o Brasil
tinha com as empresas americanas, Exxon e Chevron.
Agora, outros países têm interesses a ser defendidos no Brasil, como os
países acima citados. O modelo de
partilha, no meu entendimento, foi necessário. Não adianta ter grandes reservas
e não ter recursos para extraí-los. No ramo de petróleo ainda estamos
engatinhando, devido ao abandono dos governos anteriores, inclusive tentando
privatizar a Petrobrás, como foi a caso em que FHC mudou o nome para Petrobrax,
com o intuito de internacionalizá-la, para depois vendê-la para uma empresa
americana, a Chevron.
Mesmo a Petrobras tendo mais de
50 anos de existência, os investimentos em pesquisa só aconteceu neste governo.
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